Tempo de Cais



Conforme o tempo avança
lembro-me cada vez mais
do tempo quando eu criança
corria ao sol no cais.
Vau que inda hoje aliança
amigos, parentes e pais
outros de minha privança
liames de mesmos ais.


Soaroir Maria de Campos
  10/12/06

domingo, 4 de dezembro de 2011

Poesia antiga

AMOR ENTREATOS

By Soaroir

AKANKE – Conhecendo o Amor
I
Amor cacos pra vida

introdução e efeitos
intérprete dramático
repertoriado cômico
pano de boca
palco anacrônico
alumia as ausências

Amor de grego

ágape afetos perfeitos
eros bruxo acrobático
anteros comediante atônico
platéia pouca
philia profético randômico
encena nas carências

Amor começo

semeadura de eitos
ardor magmático
desconhece o agônico
dança louca
florescente adônico
ramifica essências.

II
Amor chegança

com hora de saída
cheiro de criança
colo de rapariga
eterna lembrança
de mãe a barriga

Amor inocente

pura vertente
corre pros braços
transborda pureza
deságua no espaço
cristalina certeza

Amor diamante

brilho agramático
engastado no peito
passado extático
presente imperfeito
futuro acromático.

III
Amor de rastos

deixados no eito
presentes pegadas
futuros desfeitos
ausências marcadas
passados confeitos.

Amor pragmático

orgulhoso resultado
embala a descendência
melhor teria amado
se encontrado aquiescência
culpa do tempo
falta de deferência!

Amor confraria

representação de papel
opereta em pantomima
ato do encerramento
banzeiro o amor lastima
não ser peça pra testamento.

$oaroir 4/8/06

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