Tempo de Cais



Conforme o tempo avança
lembro-me cada vez mais
do tempo quando eu criança
corria ao sol no cais.
Vau que inda hoje aliança
amigos, parentes e pais
outros de minha privança
liames de mesmos ais.


Soaroir Maria de Campos
  10/12/06

sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

Solilóquio I

(perdido na Net)

Solilóquio

(um titulo provisório)
Soaroir
7/8/09

                  "Mote: Meu Deus, quem sou eu?"


meu Deus quem sou...
hoje longe do meu ânimo
feitio sereno e caçoista?
saltei sobre tudo que me tolhia
segui além das montanhas
e outras altas depois delas
me descobrindo...
fui da tapera ao lagamar
pelo gene e a intuição
me esquivando dos vinhotos
até ser cobrada e castigada
quando não me coube na forja
do medíocre e do surdo
não mudei de olhar
mas induzida a ver o forte
na cobiça perdi o foco
da índole de mim própria...
"não permita Deus, que eu morra
sem que eu volte para lá!"
Soaroir

terça-feira, 6 de janeiro de 2015

Odes a minhas janelas

Soaroir diversos

coleção perdidos na Net)

Ode à minha janela
Soaroir Maria de Campos
Jan. 29/08 14:11

Primeira parte
     
Abra-se a fresta à noite cerrada
Pela liga tácita dos ermitas.
No breu, a alma da luz se agita.
Infiltra no vão ao rasgo da alvorada;
Oh visão, ressuscita!

Retoma a moldura e a vista alerta...
E os pássaros que ontem empunha!
Natureza que por tal via aberta
A todo o mundo testemunha.
Vá visão, seduz a vida!


janela aberta para Cumberland
© Soaroir Maria de Campos Dez. 18/07 -13:25
São Paulo/SP-BRA.
"A Janela Aberta"


majestade em meu castelo
da torre admiro o meu condado
seus verdes campos ensolarados
minhas ovelhas no pasto
entre amarelos narcisos .

até onde alcança a vista há pintura
cincelos, orvalhos prumados nos beirais
e nas árvores a cada alvorejar.

neste feudo mediado por janelos
esteiro prédios e pára-raios
arquejantes de um mundo bem distante
do reinado que traço de minha janela
aberta ao imaginário paralelo.
Soaroir


Abra a janela
© Soaroir Maria de Campos

15/9/07 12:19h
p/poesia on-line do RL


Tantas vezes ansiosos
Debruçamo-nos na janela
Ao fundo o horizonte
O mundo exterior
Todo o inverno
Demais estações
Desfilando por ela
Enquanto o poeta canta:
"Há só cada um de nós
Como uma cave".
Nossa alma fechada
Na janela aberta
Olha e não vê
O tempo chegando
Anti criogênesis
O mundo passando
A falta de chuva
O grito das flores
O planeta sofrendo
Ressequidos horrores
E o poeta a fio...:
"Não  basta abrir a janela
para ver os campos e o rio".

mote: "Janela aberta (minha alma abriu-se)"
In  “Cabo da boa esperança “ Sebastião da Gama


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