Tempo de Cais



Conforme o tempo avança
lembro-me cada vez mais
do tempo quando eu criança
corria ao sol no cais.
Vau que inda hoje aliança
amigos, parentes e pais
outros de minha privança
liames de mesmos ais.


Soaroir Maria de Campos
  10/12/06

terça-feira, 31 de dezembro de 2013

Poesia para um Cão Chamado Tuko

Perdidos na Net)

Poesia para um Cão
Soaroir 1/12/12





Primeiro rascunho de



"Poesia para um Cão

Cão de guarda. Guarda tudo
Adotado, quer provar
De esperto a topetudo
Que merece ter um lar.

Roeção abandonou
Dedicou-se a caçar
Vespa, mosca ou vagalume
Ou que ouse avoar

Carente que nem só
Entende de abandono
Com olhar ainda, cotó
A proteger o seu dono

Eu vou parar por aqui
Ou ele vai ficar besta
Nem quererá mais dormir
Naquela sua velha cesta..."
 Soaroir 1/12/12

Em Busca do Indivíduo Perdido

(perdidos na Net)

EM BUSCA DO INDIVÍDUO PERDIDO

Copywrite Soaroir
14 de maio de 2007


"Esse homem encontrou a felicidade ao descobrir o tesouro de Príamo, o que prova que a realização de um desejo infantil é o único capaz de proporcionar a felicidade" S. Freud.

"não escapa a Freud que a felicidade é (…) o que deve ser proposto como termo a toda a busca, por mais ética que seja". J. Lacan


Citações somente para registro de que a busca pela tal felicidade é mais velha do que eu e nem mesmo os mais conhecidos pensadores parecem ter chegado a uma conclusão definitiva. Eu como indivíduo posso eventualmente decidir se sou ou não feliz, desde que para isso meus parâmetros não sejam cópias de outros; posso ser feliz, mas não em tudo tampouco o tempo todo, esta é a minha única certeza.

Ainda no caminho das certezas, os religiosos aguardam a felicidade não para este mundo, mas na vida eterna, onde encontrarão oásis, pão e mel, e cem virgens sem nada ter que desembolsar, o que de alguma forma nos remete a pensar que até mesmo no céu, felicidade está relacionada com o se dar materialmente bem.

Minhas dúvidas residem nos apelos predominantes de nosso século, quando uma maioria, com pouco ou nenhum fundamento científico ou filosófico, buscando sua própria felicidade de acordo com seus parâmetros, lança uma montanha de manuais de auto-ajuda prometendo utópicas receitas de como se ser feliz.  Há volumes e mais volumes recheados de teorias sobre felicidade; intermináveis dialéticas abertas a quem estiver nesta busca para encontrá-la no céu, ou no agora.  No entanto, assim como ninguém voltou da tumba para nos contar como é a felicidade eterna, igualmente nenhum dos lançadores de manuais milagrosos volta nos oferecendo um feed-back com os resultados de suas “poções” mágicas.

Como indivíduo entendo que a promessa de felicidade é como preâmbulo necessário ao esquete da vida, uma forma de minimização dos sofrimentos, das misérias a que temos que enfrentar.

Quando lanço uma pedra no rio e sou capaz de perceber quantas ondas tão pequeno objeto pode causar; quando me dou conta de que até mesmo um beija-flor precisa pousar; o quanto eu posso enxergar, sou um indivíduo feliz, desde que tenha em mente que “Ninguém pode me obrigar a ser feliz a sua maneira”. I. Kant

Segundo corrente existencialista, o ser humano foi castigado com o livre arbítrio, pois ao fazer escolhas, freqüentemente serão prejudiciais, não importando qual escolha seja feita. Assim, é mais fácil seguir ordens, do que ter que tomar decisões. É mais fácil ser infeliz, dá menos trabalho e ainda angaria piedade.

(para tema da semana Ensaio “O indivíduo e a felicidade”)

segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

O Cafundó das Palavras

(Perdidos na Net)

O Cafundó da Palavra

© Soaroir
7/6/09

                   Mote: "De onde vêm as palavras?"


a palavra preciosa se esconde
no fundo do mistério
e ansiosa pula, e pinta a minha tela
com as cores das barrancas
da fumaça das casas de reboco
com as vozes de parlamentos
departamentos de idéias alegres
apaixonadas, solitárias
ou melhor coisa fonêmica
insculpida em minha memória.

Entre o Céu e a Terra

(Perdidos na Net)
Foto  de Tucalipe Dez.2013/

Entre o Céu e a Terra

© Soaroir de Campos

- Eu amparo o vento.
- Em mim ele vagueia.
- Eu me visto de nuvens.
- Elas me enleiam.
- Eu nasci faz tempo.
- Eu canto a vida e a morte.
- Todos me vêem.
- A mim interpretam.
- Eu seguro a neve que prende pés.
- Eu vôo até o Sol e me derreto.
- Sou muito importante, a mim até veio Moisés.
- Entre os deuses eu habito.
- Eu sou muito alta.
- Sou mais o poeta.
- Eu sou sólida.
- E eu transparência.
- Eu sou pedra.
- Eu sou criação.
- Sou intransponível.
- Sob teus pés habito.
- Sou poderosa.
- Tua areia me enriquece.
- Faça me uma lenda.
- Dê-me então um mote.
- Esmeralda.
- Está bom assim?
- Não vejo cor!
- São versos brancos!
- Quem é você?
- Emoção.
- Eu sou a Montanha.
- Muito prazer, eu sou a Poesia.


(Esta poesia concorreu no "Concurso Talentos da Maturidade"
do Banco Real/2008 )

Perfume de Estrelas


Perfume de Estrela

Soaroir
12/5/09


Doce fragrância gota-a-gota
De luz e graça e obediência
Preciosa de seu lugar no alto
Pela manhã é D’alva
Pós-ocaso Vésper...
Telúrica (titânica)Vênus perfumada
Que os enamorados tocam
Além de pastores
      [madrugadores
E sonâmbulos poetas.

Poenato para 2014

Soaroir
30/12/13


 
imagem google
 
Ao soar das doze badaladas
De janeiro para Fevereiro
Em 2014 a galope rompe o céu
O Cavalo de Madeira
Que depois de seis décadas volta
Para colher dos destinos arados
O que então foi semeado...
Soaroir 

segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

Ser Poeta é...

(reedição)

 

Ser poeta é o bicho...

© Soaroir 28/10/07 13:54





imagem: Net
i
Poeta é um ser contente
Ainda que viciado na dor
Passa a vida sofrendo
Dizendo ser por amor
ii
Ser poeta é não ter medo
Se arriscar a ser ridículo
Fazer uns versos tolos
Pensando serem versículos
iii
Poeta é ser visionário
Com a cabeça sempre no ar
Mantendo os pés no chão
E amor em todo o lugar
iv
Ser poeta é um castigo
Quase uma maldição
Precisar ter uma musa
Pra servir de inspiração
v
Ser poeta é ser egoísta
Só falar de si e da musa
Dizer tudo que bem pensa
Sem ter que pedir escusas
vi
Ser poeta é ser divino
Também é ser um capeta
Sutilmente com argúcia
Põe a boca na trombeta
vii
Poeta é ser pretensioso
Diz-se artista e profundo
Jura que sua poesia
Um dia ainda alcança o mundo
viii
Ser poeta é viver pobre
Só rico de imaginação
Em terra em que o “larjant” manda
Não se conta inspiração
xi
Ser poeta é ser tudo isso
Bem mais e muito mais
Que juntar sentimentos
Consoantes e vogais.

Aos Poetas

Poeta de Minuto
By Soaroir 18/10/12


imagem/prosimetron/google


Para não dizer que sou bruto

Pra tal data, de antemão,

Pago já o meu tributo

E com rogo de perdão

Nesses versos assim solutos

Segue minha exaltação

Aos bardos absolutos

Evoés! Celebração...

Soaroir

quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

Nova Pele em Mim

(Perdidos na Net)


Tatuagem

Soaroir 1/6/10

    
Nova pele em mim
                

 no que o tempo roça o corpo
mente e espírito se aquiescem
e o troféu arrebatado
é d’alma que não envelhece

do imberbe profundo transe 
sai a angústia dissolvida
sem notar, com nova pele
o herói prossegue a vida

da esquivança e da lamúria
expulsa o tempo que não ria
confiante então repousa
no velo da sabedoria...

segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Não Aprendi a Dizer Adeus

Soaroir
24/4/07

(Perdidos na Net)
Eterna Despedida

Livremente
Soaroir de Campos

barcos vagando na corrente,
deste destino indiferente!
destino, faze que se encontrem

os nossos barcos,
novamente!
e a te esperar.

e a me esperares.

assim ficamos, pelos tempos!

domingo, 8 de dezembro de 2013

Depois da Tempestade

(perdidos na Net)

"Depois da Tempestade"
Por Soaroir 08/07/07 - 11:42


vêm desesperança
corações destelhados
almas alagadas

                embebidas rachaduras
                na couraça concreta
                abstrata infiltração 
 
                          ventos da insegurança
                          depois da tempestade...

sonhos escoados vagueiam
a deriva o pobre lar
em mar de lama.

                sobejos e desânimo
                desbriam recomeçar
                um outro temporal
.

p/poesia on-line do RL

sexta-feira, 15 de novembro de 2013

Testemunho de Maritacas


(perdidos na Net)

Copyright Soaroir
29/2/12



Verdade.
Cada vez que ouço as maritacas
me lembro ...
ainda estou viva!




imagem/google

(depois do despejo de 14/12/2010)

quinta-feira, 14 de novembro de 2013

Novo Brasil

(perdidos na Net)

NOVO BRASIL

Novo Brasil
Por: Soaroir Maria de Campos
22 de abril de 2007


Convidado com toda a pompa
a voltar aqui ao Brasil
sem índio e sem apito
pro festejo de 22 de abril
seu Cabral até se riu
sem nenhuma cerimônia
mandou logo um e-mail
se desculpando foi dizendo
que sentia não poder comparecer
à terra que ele descobriu
e  que preferia  se abster
de tamanha responsabilidade
ora pois se ele pudesse
e sua vontade valesse
beliscaria outro provo
se na época conhecesse
o futuro deste povo
então por pura benesse
cobriria tudo de novo.

(Para mote do RL – Um Novo Brasil)
Soaroir
 em 22/04/2007

Meu bem-te-vi na Cidade

(perdidos na Net)

Meu bem-te-vi na cidade

ƒƒ
andante canto espanto
com adágio cantus,
falta do alegro recanto.

 
 Soaroir em 04/07/2006
 Código do texto RL: T187447
Classificação de conteúdo: seguro

Como Fribra e Grão

(perdidos na Net)

Desejo-te
Soaroir
7/9/10

exercício para o mote:
(Longe da felicidade e todas
as suas luzes
Te desejo como ao ar
Mais que tudo...)



photo:Dhanira


juntos como a fibra  e o grão
a semente dentro do gomo
não desejar-te, como!

se longe desta adução

meu corpo esfria
foge-me o cromo

emborco vazia...
Soaroir

domingo, 10 de novembro de 2013

Mensagem para o Futuro

Mensagem na Garrafa
(Perdidos na Net)

Mensagem para o Futuro
(Somente em poesia jogamos objetos no mar)
Soaroir de Campos

"mensagem na garrafa"
alerta!
ao abrir esta garrafa
cuidado...

maneje-a com devoção
há esporos de poesia
para disseminação

atenção!
não há nada que expia
a provável contaminação

nem endereço no verso
para dirimir a questão.

sexta-feira, 8 de novembro de 2013

Background

(Perdidos na Net)

Acostumamo-nos às literaturas poéticas enredadas no dramático psicológico como os de Pushkin, romances trágicos como o de Prosper Mériée e muitos outros estilos carregados da realidade distante dos nossos dias. Aprendemos muitas coisas, mas desprezamos outras tantas quando trazemos a poesia para a nossa própria realidade. Não chamaríamos a poesia de “poesia”, não fossem os grandes poetas do passado, no entanto a poesia chegou à Internet e junto a esta olaria virtual, o oleiro poético depura sua arte sem nenhum medo de ousar e, o que antes era produto das sombras, de ungidos privilegiados, hoje está à luz do mundo.
 

Não sendo mais herdade de poucos, a poesia virtual permite que do medíocre ao virtuose o poeta que em nós habita exista sem se preocupar em citar, imitar nem tampouco se constranger perante julgamentos, exceto com a fidelidade ao nosso idioma, no que as vezes pecamos no momento da inspiração.
Eu poderia, mas não mentirei. Como a maioria dos brasileiros de minha geração, não tirei diploma de nada, o que não me impede de sonhar que sou poeta e acordar escrevendo os versos que deposito no meu Pote de Poesias. O resto é conseqüência.
Soaroir de Campos
Novembro/2008

Do Nada ao Nada

(Coleção Perdidos na Net)

Do Nada ao Nada





O quê que isso que de repente arrasta,
como uma enxurrada rumo a emerdada fossa
a palavra do homem;
acordos dantes selados com o fio do bigode;
palavrados dados e firmados
acertos acertados e sacramentados entre pessoas de bem;
entre gente um dia fidedigna que de repente avança
sobre os próprios princípios mostrando, que a fina estampa
finalmente, como seus calcanhares - assaz
há muito estão camuflados entre as meias e os sapatiados.

NADA - Do nada ao nada. Tudo é tão doido,
sem noção... Oh Deus do Nada
guie-me pelo caminho para encontrar a explicação -
se não - o melhor trejeito de pagar com a mesma merreca
este preço...



Soaroir de Campos
Julho/2011

quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Dá-me Tempo - Perdidos na Net

Dá-me Tempo

 


 http://api.ning.com/files/H1aDTlMpJhsHr1lupCKLhqjdQYIkJvoNL9MVqcgyK4HDGZ1zAWZT9mmRL8XScBu3HQVBgtV6NMK27IQ0ktGW1EDPZNVmUbsg/pasdedeux.jpg

Dá-me tempo, para acertar nossas distâncias...
Chegamos, quase juntos, mas tu
Arrebatado, preferiste partir primeiro
Sem cerimônia, escrito curto
Quais gravames, injúrias
Arrimos te assaltaram?
Preciso de tempo
Para acertar nossas distâncias...

(desaniversário)
Soaroir
29/07/12 – 18:32

A Cor da Alma

A Cor da Alma




Minh´alma
 
© Soaroir 18/05/08



 
imagem google


Caucasiana de vó e vô,

De graça tenho nos olhos

O verde de muitas bandeiras

E a alma furta-cor;

Cromia e sintonia de Matisse e Strauss,

Fonias de tons, Jobim e semitons;

Folias contrastando philias,

Mistura de azeviche encarnado

E mamelucos prateados;

Matizes de acordes difusos,

Entre azevinhos e paus-brasil,

Minha alma cora ao sol

Na luz intensa do Sul.

terça-feira, 22 de outubro de 2013

Meu Amor de Verdade

(Coleção perdidos na Net) poesia falada

http://www.recantodasletras.com.br/audios/poesias/31976

MEU AMOR DE VERDADE...

Meu amor de verdade
© Soaroir 14/10/07 - 12:00
(para poesia on-line do RL "Love me Tender")


O amor de minha vida é de verdade

Mas ele não sabe que ainda existo

Zelosa da ternura e da meiguice

Com carinho guardo o que me disse:


- Carregue-me em teu coração

Onde sempre será o meu lugar

Nunca me deixe partir, querida

Complete-me por toda a vida.


O amor de minha vida é de verdade

Está repleto de ternura e meiguice

Transcendente com discrição e tento

É amor até o final dos tempos.


Quando finalmente despertados

Do inevitável capricho do universo

Seguirei por toda a eternidade

O amor de minha vida; de verdade.

OS POETAS DO MOTE "LOVE ME TENDER" ESTÃO REUNIDOS EM e-book Poesias Chuleadas III:
http://www.recantodasletras.com.br/escrivaninha/ebooks/index.php
Soaroir em 14/10/2007
código do texto RL: T693772 
Esta obra está licenciada sob uma Licença Creative Commons                    
                      

Um Amor de Suez

(Coleção Perdidos na Net)

UM AMOR DE SUEZ

UM ENVELOPE POR BAIXO DA PORTA,
UMA CARTA PENDURADA NO GRADIL...
AH ! COMO ERA BOM ESPERAR O CARTEIRO.

MENSAGEIRO ÁS VEZES ARDIL...
QUE TRAZIA CARTAS DE AMOR,
MORTE, SEPARAÇÃO OU ABANDONO,
AS NOTÍCIAS QUE SOBREVINHAM DOR,
TAMBÉM ERA ELE QUEM TRAZIA.

ANTES QUE SE DESSE POR CONTA,
DE SURPRESA ESTAVA LÁ !
ERA A MAIOR ALEGRIA...

UM CARTÃO, UM BILHETE, UMA FLOR,
ERA A MENSAGEM - NÃO IMPORTAVA,
SE DE ALEGRIA, PESAR OU AMOR.

ERA A MÃE SE PREOCUPANDO,
OU VENDO O FILHO PARTINDO;
IA UMA BLUSA DE FRIO,
VINHA O TEMPO TRICOTANDO.

AS MALHAS DA ESPERA,
DO AMOR QUE SE QUERIA REVER,
ERA MEU J... CHEGANDO,
DA I...... OU SUEZ......

- CARTEIRO ANDE LOGO !
USE DE RAPIDEZ !
QUERO PEGAR NA MÃO,
SENTIR A CALIGRAFIA,
RASGAR O ENVELOPE BEM RÁPIDO,
CHEIRAR O PAPEL DE DENTRO,
BEIJAR O BEIJO DE LONGE,
TOCANDO NA PELE SEM TEZ

CARTEIRO SE AQUIETE...
TUDO FOI ANTES DE AGORA,
ISSO JÁ É REMOTO,
É PRECEDENTE À INTERNET

"SOAROIR"
 
Soaroir  13/07/2006
Código do texto RL: T193162
Classificação de conteúdo: seguro

segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Para quem Escrevo?

Revelação
Soaroir 17/5/10


Pois bem – fôsseis vós quem perguntásseis

Ficamos íntimos. Eu, longe de atrevimento vos digo

Para mim escrevo - sem acanhar meu tempo

As máximas, ou os ditames de quando me enfureço

No flanar de afagos vagos, ainda, me escrevo

Como se diante de samovares e confetti de biscoutas...

... Volto,

pelo verbo volto


Ler mais: http://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=223254#ixzz2hhgOsnYV
Under Creative Commons License: Attribution Non-Commercial No Derivatives

terça-feira, 8 de outubro de 2013

TROVAZANDO

Honestidade
Soaroir 8/10/13


Não é ato de bondade

Ou razão para castigo

Viver com honestidade      

*Com o planeta e consigo.
 
 
*para  (propositalmente omitido)
 

(para 2 º  Concurso de Trovas:

("O Concurso é promovido por Cristina Oliveira Chavez da
 UBT-USA De San Antonio Texas.")


 

domingo, 6 de outubro de 2013

Fluxo de Consciência

(perdidos na Net)

Fluxo de Consciência

© Soaroir 04/05/08


Minhas canetas estão falhando.
Como minha inspiração,
a HP está sem tinta;
a tintura dos cabelos não deu certo;
a Lieb deixa pêlos brancos por toda a casa...
Que outono!

O nariz congestionado,
a garganta dói;
os ombros se contraem
na surrada malha acrílica –
Como podem abandonar o Sol...
irem além do Equador...
Que frio!

A lavadora emperrada –
na pia as louças se acumulam
às mãos que cada vez mais
   têm menos circulação.
Abaixo a pressão sanguínea,
a osteoporose, o whiskey, o café –
adoto a piteira...
Quantos vícios!

E essas paredes surdas...
computador sem memórias?
Sem crédito o celular, a conta corrente,
a TV a cabo e esta escritura –
Tudo sem, tudo sem! Só, com Faukner...
Que domingo azul!
Soaroir
 
(Mote: otimismo)

Morte ao Medo

(Perdidos na Net)

MORTE AO MEDO

Soaroir 15/4/207
 
 
- Desvida - um convite p/ reação contra o q nos causa medos -

medo prosaico é vida
pavor diário é desvida
se a solução é  o regresso
está na hora da partida

voltando ao útero, ao  oócito
caminho do   início e saída
à origem é  retorno  tácito
apocaliptica é a  renascida

timbrem todos os caprichos
retumbem  de paz os  desejos
aceleremos logo a  partida
assumindo nossos solfejos.

se calam-se os realejos
em si todas as partituras
cifremos nossos almejos
antes de mais sepulturas.

Um outro pseudônimo: "Bruxa Onilda da Gália" 15/4/07

- para Poesia on-line – RL – Mote de 15/4/ -

Ser Criança de Novo...

Quando eu crescer...Copyright Soaroir

 
Poeta é o que quero ser quando eu for criança
acordar num playground gigante ao lado do meu cão Rondante
rezar a Ave Maria e sairmos pelo mundo fazendo estrepolias
até chegarmos em Stratford-upon-Avon e aprender poesia

Com ela, poesia, como planta rasteira, me alastrar
nas beiradas das estradas
contar por todas as minhas vias da difícil arte de ser criança
que dos pés à cabeça, da alma ao coração sofre com as mudanças
e se perde no meio da multidão de regras e comandos
e pouca opção de manter os próprios hábitos, devoção sem censura e a fértil imaginação de ser forte como um leão, esperta como uma raposa e orgulhosa como um pavão a cada nova cor descoberta neste Paraíso

Isso. É isso que farei logo que sair do ovo. Serei um vagabundo bardo
e por todas as póleis divulgarei quanto ainda é bom - ser criança de novo...

 
Titulo original:
Doce Travessura
Soaroir 8/1/10

terça-feira, 1 de outubro de 2013

S O S Florestas

(Perdidos na Net)

33
Terra – Ar dor
©Soaroir Maria de Campos

Vida, e só
derretida é morte
No H²O.

9/1/2007



Soaroir Maria de Campos
23/08/2006

II

Poetrix
Meu bem-te-vi na cidade
ƒƒ (fortíssimo)

andante canto espanto
com adágio cantus,
falta do alegro recanto.

Soaroir Maria de Campos
04/07/-6


Letras Soltas

Poesia Livre para quando só ha vontade de escrever.

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Soaroir de Campos
17/5/09

Um soneto se faz com (uma) estética
mas uma estética não faz um soneto.
Portanto – isso não é um soneto. Aliás
isso nem é um poema -
é só um barquinho de papel.


Vou saindo porta afora para navegar mar adentro
Vou me ajuntar às gaivotas que do alto miram a fartura
Mergulham num voo certo sem qualquer aborrecimento
Salário ou imposto, cartão de crédito ou fatura.

Vou logo antes que me arrependa de deixar essa leseira
Todo dia no mercado, mesmo com todo o acirramento
E ser cobaia de experimentos de enlatados e de alheiras
Que os interessados simulam que são mega alimentos.

Se meu barquinho de papel resistir a tentação
E dessa navegação eu conseguir voltar ilesa
Definitivamente troco essa minha ocupação.

De vez deixo de ser poeta, arranjo outra alimentação
Plantarei as minhas favas em mais distinta freguesia
Com férteis terras para mais saudável plantação.

Homanagem aos Idosos


Identidade
© Soaroir Maria de Campos 02/10/07
p poesia on-line "para alguém muito especial"

brasileiros e idosos
entre o belo e o feio
sertanejos, duvidosos¹
vidas que passam do meio.
sem títulos e dentes
sonhos cansados
sem descendentes
pobres desenganados.
certeza têm abundante
fortuna que não lhes falha
vilania impenitente
mundo farto de batalha.

¹ fracos de saúde

(27 de setembro, Dia Nacional do Idoso.
Imagem de Sebastião e Anísia homenageio todos

os idosos brasileiros, especialmente os sertanejos.)

Agosto - Liberdade de Sentimento

Adeus Agosto



 
Liberdade de Sentimentos
Copyright Soaroir 13/8/10
 
Tem umas andorinhas loucas anunciando chuva para de tarde. Seguem taxiando na pista dos insetos. Entre loopings e rasantes lá vêm elas contra o azul pálido do céu e o excêntrico vapor que só Agosto carrega. Um pio aqui, outro pio lá e a fresca mesma de Agostos passados, com gente e em terras que não reverei, empuxam meus pensamentos na liberdade do ar; eludo os riscos dos loops e a necessidade do pousar.
Antevejo Dezembro – só não o final deste (daquele) agosto...
mini-crônica-prosa do sentimento
http://socronicas.blogspot.com.br/2010/08/mini-cronica-do-sentimento.html

sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Mania de Viver

Coleção Perdidos na Net)

Mania de Viver

"Essa Tal Mania de Viver"
By Soaroir 24/8/08

Se viver fosse um acesso de veneta, vá lá. Não é o caso. Não vou, mesmo porque não sei, entrar no mérito da criação, tampouco me enfronhar em "princípio de organização dinâmica, diretor e avaliador que determina as vivências e atos do indivíduo". Egos e superegos esta mini-crônica não cobrirá. Na minha simplória opinião, a culpa, se é que  existe alguma, deve ser daquele tal de Cupido que emaranha vida, amor e existência.

Essa tal mania de viver pode ser vista de vários ângulos. O meu, olhando para o lado real, tudo depende em que parte do Globo se vive.  Por exemplo, na Indonésia, 1 Real compra 5.630,36 Rúbias, já em Chipre, dá para comprar 0.24 de Libra CIP.¹

Livre arbítrio à parte, tem gente que diz que não basta existir e que é preciso viver e que para isso tem-se que ser humilde para reconhecer a própria ignorância e ser um eterno aprendiz. Convenhamos: deve ser (um pé) desesperador para um aluno saber que nunca sairá do banco da escola, principalmente se ele entender que, assim que começar a se alfabetizar na vida, ele morre e, nada, absolutamente nada do que assimilou lhe servirá depois de morto. A não ser que o discípulo acredite em reencarnação. Ele foi um faraó antes, e seu barco ficou a deriva e anda perdido por aqui, ao invés de ter ido se juntar aos deuses. Caso contrário, de pé ou sentado, virando cambota ou pendurado, vamos vivendo. Como prever  o futuro é muito difícil, mais ainda controlá-lo, vamos escrevendo. Pelo menos assim somos o sujeito da história.



Em resposta a crônica/dúvida de Yuri  em "Crônicas" do RL: http://www.recantodasletras.com.br/forum/index.php?topic=4112.0

¹  http://www.bc.gov.br/htms/bcjovem/moedasmundo.htm
Soaroir
Enviado por Soaroir em 24/08/2008
Reeditado em 24/08/2008
Código do texto: T1143338

quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Universo Retraído

(perdidos na Net)

Universo Retraído
© Soaroir 2/8/08


“O Vestido” releio.
Visto qualquer coisa. Parto.
No quarto do meio
Procuro um veio.
Dia cheio de nada.
[Nem a poesia veio.
O mote do dia não veio.
A chuva prometida não veio.
O pastel da feira não veio.
[Sequer a vontade veio.
A palavra não veio.
O Verbo não veio.
A rolinha não veio.
[Nem a fome veio.

Será medo da liberdade?
[Não sei.

A promessa não veio.
A dor não veio.
A solidão não veio.
[Nem a tristeza veio.
A sorte não veio.
O riso não veio.
A cura não veio.
[Nem o remorso veio.
Dia cheio de nada.
A poesia não vem
Será medo da liberdade?
[Não sei.
Virei refém.
Amanhã, quem sabe...

segunda-feira, 23 de setembro de 2013

L´Air Du Temps

(Perdidos na Net)
L´Air Du Temps
Copyright Soaroir
4/3/12




acordei  hoje uma douta
mais ornatos, bem mais destra
à  mercê de algumas  outras
estremaduras  do Mestre

caprichoso e lesto Tempo
escultor de todo rosto
no meu fincadas nos olhos
acama  ignotas  hóstias

enquanto ao redor da boca
sacrifícios a divindades
faz do riso um escárnio  
pelo  choro represado

(sem revisão)

Soaroir

Susto

(perdidos na Net)

SUSTO

Somos o centro do nosso próprio "buraco negro", onde a luz só penetra quando a gente permite - o resto é só poeira cósmica que se esvai com o próximo vendaval.
 
Soaroir
Enviado por Soaroir em 04/08/2006

Vento-Leste na Praia do Futuro

(Perdido na Net)

Vento-Leste na Praia do Futuro

Soaroir - 15/5/09

          (mote: vento)

O que dá em pé-de-vento
Brota em qualquer lugar
Independe do evento
Ou da intenção no plantar
Arrebenta e fecha o tempo
Quando deita a rezingar...

Não há peia nem virtude
          Que tape a boca de um vento!
Soaroir

Achas ao Vento

Achas ao Vento

Achas ao vento
© Soaroir 16/9/07 16:35
p/poesia on-line do RL

(Perdidos na Net)

Suave vento de setembro
O que me trazes nesta manhã?

       Lascas do passado de presente
       empilhadas ao pé das montanhas
       que se me barram ao topo do futuro.

Então dependes de tempestades
Para atingires a cimeira?

       Eu rufo plumagens de aves
       De ondas de todos os mares
       Zuno pelas frestas e curvas
       Das noites, e de pomares.

E hoje, o que me trazes?

       A Primavera, seu norte...
       Atinado, trago-lhe em ramas
       As brisas de boa sorte.


mote: 'O guardador de rebanhos'
In “Poemas completos de Alberto Caeiro”
 por Soaroir em 17/09/2007
Código do texto RL: T655785                                      

Despertar do Poeta

(Perdidos na Net)

O que acorda um poeta é...

Soaroir
27/12/09

                 "Despertar do Poeta"


liberdade de expressão
bloquinhos amassados
qualquer coisa
que descreva
a imagem do coração  -
da chuva no telhado
ao vento no varal -
é a bem calçada junta
caligrafia torta
e folha incerta
o que basta...
para acordar um poeta!
 
 
por Soaroir em 27/12/2009
Código do texto RL: T1998469
                     
          

domingo, 22 de setembro de 2013

A Voz do Vento

(Perdidos na Net)
-Poesia de Agosto -

A Voz do Vento
Soaroir 18/8/13


Se o vento ouvisse minha voz solitária

Dir-te-ia que te mando abraço e beijo

Mesmo que fosse em uma nota precária

Desta que com o antigo e mesmo desejo

Não se esquece da nefasta partida

Quando do mundo ficou só sobejo

E a saudade de viver a vida            

Soaroir 18/8/13

sábado, 21 de setembro de 2013

Cabeça-de-vento

cabeça-de-vento

(Perdidos na Net)
 
cabeça-de-vento
(título provisório)
© Soaroir de Campos
São Paulo/SP/Brasil
19/9/09




hoje falarei do vento

dele quando brisa branda

 animal rasteiro  e fértil

que se deita sobre os arroios e os morros

ejacula agradável suavidade nos sentidos

das roseiras, dos amantes e dos poetas.

Só hoje não me importarei com a tempestade

daquele vento de carreira que persegue lobos

 varre os cepos soltos das florestas

e destelha cumeeiras.

amanhã, não sei. Posso voltar aos tufões

e as desbrumas do vento do Leste

ou ao do formador de nuvens que vem do Sul

mas hoje, pelo menos hoje, saúdo e invoco Zéfiro

para sobrevoamos o bom tempo nos ares

de minha Primavera do Sudeste.



sem revisão
 
( "Hoje"  mote por Charlyane)
 
 
Soaroir
Enviado por Soaroir em 19/09/2009
Reeditado em 19/09/2009
Código do texto: T1819265

segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Lista de Convidados

by Soaroir


imagem google/educolorir

Convido com antecedência
E com toda a reverência
Aedos, rapsodos, trovadores
Pintores, artistas, atores
Para serem os mecenas
Não de poesia apenas -
... da arte em toda essência!

Poesia de Rua

Poesia de Rua




imagem/google/certospresentes


Grafitagem
por Soaroir de Campos 15/8/12


De certo devo não, mesmo assim
Abro um nicho - sobreposto deixo
Em deleitosa fachada...Em galarim
Envolvo-a; guardo-a em nicho

Mesmo em preto colorgin
Usando (de) todo apetrecho
Nos muros daqui ou Berlin
Grafitando (tado) até os (em) seixos

Oxalá fosse (de você) para mim
Por afeição e não capricho
Tal poesia pichada assim
Pelos muros de meu trecho
   continua...

terça-feira, 10 de setembro de 2013

Em Busca de Vau

(Perdidos na Net)

Em Busca de Vau




Frio nas costas -
Recorda-me a sedutora
Excitada chuva fina
Emprenhando as pradarias
De distantes setembros...
Espermados retraídos
Em ombros compadecidos
Inevitavelmente - curvados
Sobre ocultas mornas brasas
Neste estéril Agosto
Similar, entretanto
Com menos tantos e tantos
Que até choraria
Se as lágrimas coubessem
Em uma (só) poesia...

(sem revisão)
Em Busca de Vauby Soaroir

(imagem google)



Ler mais: http://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=222320#ixzz28A8nQhtB
Under Creative Commons License: Attribution Non-Commercial No Derivatives

segunda-feira, 9 de setembro de 2013

Último Desejo

Não doem meu coração

(Perdidos na Net)
 
"Último desejo"
p/poesia on-line do RL

Não doem meu coração
© Soaroir Maria de Campos
25/08/07 13:45h


Ah!, meu último anelo não vou revelar...
Entre tantos nem sei qual escolher,
inda que o queiram saber! Para quê?
Se ninguém vai mesmo realizar!

Deixemos à hora denunciar
que desejo último prevalecer
na questão de se ter ou não se ter
direitos após mesmo defuntar.

Pra quem bem me conhece pediria:
não doem meu fígado ou coração...
Neles há pouco para se aproveitar.

Não é que eles sejam porcarias,
mas estão bem longe da perfeição
pra alguma outra vida remediar.


- O coração, deixo pros meus Façam dele o que quiserem Quando eu não mais estiver - n encontrei o resto deste texto.


ps: Perdoem-me! Esta é minha 1ª tentativa de SONETO...
Fragmento do texto original e perdido na Net: (O coração, deixo pros meus
Façam dele o que quiserem
Quando eu não mais  estiver aqui.)

Ménage à Trois

segunda-feira, setembro 09, 2013

Encontro Supremo

imagem google
 

A Natureza é sábia

Injusta, no entanto...

Quisera (eu) eternizar

A Terra, a Lua e Vênus

Neste Ménage à trois

Que jamais antes vi, apesar

Da minha maior idade...

Me faltou a lente -

E eu..., perdi o repente!

sexta-feira, 6 de setembro de 2013

Rascunho para Primavera

(perdidos na Net)
Rascunho para Primavera

Bem-vindo a Vinda

 
 quero-quero sonolento e  abelha humilde
(ainda) desorientados pelo sol de Agosto;
 gigante águia negra - urubu – se refestela
de lado a lado (sua) envergadura abraça
o vento de aragem, a chuva de lavagem;
asseiam (os) corpos, (os) pés e (os) semblantes,
alegram (as) folhagens, alimentam (as) raízes:
chuvas de Primavera... bem-vindo a vinda!
Soaroir 26/9/12
 
imagem/Emanuel Pereira/Rádio Pico  "galardão  Miosótis criado em 2012  p distinguir "bons comportamentos ambientais" na Região"

quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Auto Retrato

(Perdidos na Net)
Eu sou... (EC)By: Soaroir Fev.19/08




Para o que sou não há desculpas
Nem culpados, responsáveis
Pelos acertos nem os tropeços
No palco da intenção das alegrias;
Hoje apagadas as circunstâncias,
Sou a lembrança que ficou na memória
Emersa como pessoa melhorada,
Eu sou uma desfaçada
Pela inferência das aleivosias;
Sou aquela que sai para dentro
Para então entrar pra fora, sem dó
E nenhuma auto piedade.

Auto-Retrato

Soaroir 12/11/07


De olhos fechados me retrato

Boa pura e bela

As sequelas omito.

Ao abri-las, confronto

Quixotes

Solidão de Crusoé

Faustosos mitos.

Às avessas retrato

Dorian Grey.

Eu Invisível

Eu e a Poesia

(Perdidos na Net)
"Eu invisível"
Soaroir
18/10/09


já fui invisível – depois sombra
e sempre que o sol se levantava ou descia,
eu ficava muito grande, e ao luar
eu era quase mais compacta do que a pedra.
naquele tempo não conhecia a minha própria natureza;
mas na ante-sala da Poesia logo compreendi.
e tornei-me mulher! Saí de lá madura;
deixei de ser invisível, ou sombra, mas como tal,
eu tinha vergonha de andar daquela maneira.
precisei de sapatos, roupas, de todo esse verniz,
enfim, que faz reconhecer uma mulher.

uma cópia, é plágio; muitas, é pesquisa
(Wilson Mizner )

domingo, 1 de setembro de 2013

Poetas são Furões

Poetas são Furões

© Soaroir de Campos
17/12/08



Não há um ofício de poeta. Há sim,
doninhas, furões que fuçam com insistência,
a própria alma inquieta.
Indóceis cavadores de devaneios
com (seus) efeitos sonoros em versos de páginas.

domingo, 25 de agosto de 2013

Blasé

Soaroir 2009

Blasé

(coleção perdidos na Net)
 
... inanição
vazio no estômago
no âmago, no coração
escôo dos elementos
extremos sem termos
de final ou de meios;
enfraquecimento
da falta na falta:
nos cômodos, no colo
na fome de dúvidas
na coragem ou no medo;
letárgica inapetência -
nem repasto ou afrontas
raivas, flechas e fitos
escárnios - alimentos
frescos nem amanhecidos.

soaroir 25/10/09

sábado, 24 de agosto de 2013

No Meu Livro

by Soaroir
10/Nov/2012

(coleção perdidos na Net)

No meu livro
da  vida têm páginas
umas (que) eu arrancaria,
outras emolduraria ;
algumas...
grudá-las iria
nas folhas ainda em branco - 
se me permitissem
o peso do comprometimento 
(e, tampouco,) a vida fincada à razão
e o vazio do mote
não se tornassem profundas
implicações filosóficas...
-  Soaroir de Campos


1º rascunho:
O livro da vida têm páginas que eu arrancaria,
outras emolduraria ;
algumas... grudá-las iria nas folhas ainda em branco - 
se o peso do comprometimento me permitisse
e tampouco não me fincasse a vida à razão
e o vazio do mote não se tornasse
em profundas implicações filosóficas...
-  Soaroir de Campos

quinta-feira, 22 de agosto de 2013

O Tecedor

Marie-Anne Kant
Aug.22/13

Art by Soaroir


Ponto por ponto se tece um tapete, como a vida nos tece e não há sentido algum não concluir a arte. Aí reside minha confiança ou crendice.

segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Felicidade Segundo Soaroir

(Coleção "Perdidos na Net)

©A felicidade, segundo Soaroir

©A felicidade
           segundo Soaroir.
                   27/7/07- 15h


Introdução:

É obra de engenharia
Construída pelo homem
Regida pela necessidade
De toda a humanidade.

  ♦♦♦

Deve ser antes bem analisada
O preço nem sempre é razoável
Pra evitar desmoronar inteira
O material tem que ser de primeira.

É necessário perfuratriz
Na construção que envolve
Adequada estrutura, dimensão
E projeto para longa duração.

Não serve solo inconsolidado
Tampouco rocha sedimentar
Com a porosidade há fissura
Deixa sem suporte a estrutura

Necessária é ser profunda
Ter boa capacidade de vazão
Mesmo quando toda revestida
Sua meta não é comprometida

  ♦♦♦

Conclusão:
A felicidade é uma cacimba
Alimentada por solo argiloso
Do leito de águas subterrâneas
Acumuladas num espaço vazio.
Soaroir