Tempo de Cais



Conforme o tempo avança
lembro-me cada vez mais
do tempo quando eu criança
corria ao sol no cais.
Vau que inda hoje aliança
amigos, parentes e pais
outros de minha privança
liames de mesmos ais.


Soaroir Maria de Campos
  10/12/06

domingo, 4 de dezembro de 2011

Perdido na Net II

(rascunho de uma poesia)

QUE FAÇO COM QUATRO MÃOS...
Pouco, muito pouco faço se a única fosse eu a tê-las.
sou de Blake, a inspiração para seu Grande Dragão Vermelho
de Homero, o prazer estético e ensinamento moral
Shakespeare, me veste de longo e me põe fitas nos cabelos
Cervantes, me aceita e me leva em sua jornada
Poe, me transforma em assombração
Drummond, deixa uma pedra no meu caminho
Pessoa, me nomeia ridícula
Bilac, me desenha uma bandeira
Camões, bucolicamente me satiriza
Vinícius, me chama de mulher amada
Gonçalves Dias me diz Ainda uma vez... Adeus.
eu, pouco, muito pouco faço com quatro mãos
se sou a única a tê-las viro handicapped
deficiente, aleijão, matéria de pesquisa, atração.

©Soaroir Maria de Campos – Nov.19/2006

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