Tempo de Cais



Conforme o tempo avança
lembro-me cada vez mais
do tempo quando eu criança
corria ao sol no cais.
Vau que inda hoje aliança
amigos, parentes e pais
outros de minha privança
liames de mesmos ais.


Soaroir Maria de Campos
  10/12/06

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Os Mudamentos

Os Mudamentos

Copyright Soaroir
outubro 24, 2009
Eu me disfarço, camuflo os brancos
Preencho com pó os compactos vincos
Encho a cara, esfumaço os olhos
Ajusto o salto, os óculos a cintura
Renegocio com a beleza do cio
Olho no decote os seios, que feios!
Mataram fomes, mas estão vivos.
Troquei a pele, sobraram escamas
Não quero ver meus pés no barro
Cobertos pela barriga estriada
Que gerou, se na das pernas,
Não marcaria, nem parir iriam.
Apago a luz, e me cubro de certezas
De que ainda não é o fim.
Realço um discurso melhorado
E assim, eu me aceito.
Moços… Não…
Não há melhor idade!

Poesia Vencedora do Concurso Antologia Delicatta III, pela Fundação Cecina Moreira

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