Acostumamo-nos às literaturas
poéticas enredadas no dramático psicológico como os de Pushkin, romances
trágicos como o de Prosper Mériée e muitos outros estilos carregados da
realidade distante dos nossos dias. Aprendemos muitas coisas, mas desprezamos
outras tantas quando trazemos a poesia para a nossa própria realidade. Não
chamaríamos a poesia de “poesia”, não fossem os grandes poetas do passado, no
entanto a poesia chegou à Internet e junto a esta olaria virtual, o oleiro poético
depura sua arte sem nenhum medo de ousar e, o que antes era produto das
sombras, de ungidos privilegiados, hoje está à luz do mundo.
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Não sendo mais herdade de poucos, a poesia virtual permite que do medíocre ao virtuose o poeta que em nós habita exista sem se preocupar em citar, imitar nem tampouco se constranger perante julgamentos, exceto com a fidelidade ao nosso idioma, no que as vezes pecamos no momento da inspiração.
Eu poderia, mas não mentirei.
Como a maioria dos brasileiros de minha geração, não tirei diploma de nada, o
que não me impede de sonhar que sou poeta e acordar escrevendo os versos que
deposito no meu Pote de Poesias. O resto é consequência.
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Soaroir de Campos
Novembro/2008
Sou demasiado orgulhoso para acreditar que um homem me ame:
seria supor que ele sabe quem sou eu.
Também não acredito que possa amar alguém:
pressuporia que eu achasse um homem da minha condição.
Friedrich Nietzsche |
Tempo de Cais
Conforme o tempo avança
lembro-me cada vez mais
do tempo quando eu criança
corria ao sol no cais.
Vau que inda hoje aliança
amigos, parentes e pais
outros de minha privança
liames de mesmos ais.
Soaroir Maria de Campos
10/12/06
sexta-feira, 27 de abril de 2012
Perdidos na Net
Autodefinição
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