Tempo de Cais



Conforme o tempo avança
lembro-me cada vez mais
do tempo quando eu criança
corria ao sol no cais.
Vau que inda hoje aliança
amigos, parentes e pais
outros de minha privança
liames de mesmos ais.


Soaroir Maria de Campos
  10/12/06

sexta-feira, 22 de junho de 2012

Tres Vezes eu te Renego

Três vezes eu te renego

© Soaroir de Campos 3/1/09


imagem/google


Gazeante memória que como pássaros
migra para convenientes pastagens
deixando para trás o campo seco
que um dia fértil os acolheu
e proveu-lhes ninho.
Três vezes eu te renego desmemória
pelo tempo que, se para alguns pouco,
entretanto bastante foi o dormir em concha
roçando as coxas e beijando as costas;
enroscando os pés nas noites frias
e refrescando os dias de tempo quente.
Por esta recusa em enxergar os prós
e por te enlear somente aos contras
guincho como um texugo alvoroçado
recusando-me a esquecer de te lembrar
de que um dia guardaste amor de quem,
talvez, ainda ame em paralelo.
 

"Poema sobre a Recusa"
(baseado in "Vozes e Olhares Femininos"
de Maria Tereza Horta
dedicado a rgs

Para Poesia on-line do RL
Enviado por Soaroir em 03/01/2009
Código do texto: T1365538
    

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