Nota Prévia
Enquanto
esperavam seus maridos chegarem do mar, as mulheres de uma região do Nordeste
do Brasil, de mãos dadas, cantavam e dançavam suas cantigas ao som de um ritmo lento e repetido marcado por
instrumentos de percussão.
Sem desguarnecer o sentido original, a literatura tomou emprestada a
idéia desta dança comunitária sem quaisquer preconceitos ou limites para o
número de participantes para, de acordo com cada mote, o poeta, o escritor o
pensador, deixar a sua marca. É possível
que haja outras razões para a atravessia da Ciranda chegar aos inúmeros
movimentos de cirandar na literatura, mas eu desconheço.
Como na
dança de roda da ciranda, em que cada dançarino individualmente relaciona-se de
modo integrado ao todo, os textos desta obra compõem um todo harmônico e
orquestrado, sobre os mais diferentes temas, semanalmente eleitos.
Não chamaríamos a poesia de
“poesia”, não fossem os grandes poetas do passado, no entanto, a poesia chegou
à Internet e junto a esta olaria virtual, o oleiro poético depura sua arte sem
nenhum medo de ousar e, o que antes era produto das sombras, de ungidos
privilegiados, hoje está à luz do mundo real, com as aflições e carências
contemporâneas.
E, não sendo mais herdade de poucos,
a poesia virtual permite que o poeta que em nós habita exista sem se preocupar
em citar, imitar nem tampouco se constranger perante julgamentos, exceto com a
fidelidade ao nosso idioma, no que às vezes pecamos na ebulição do momento da
inspiração.
Esta
ciranda é apenas uma amostra do benefício que podemos obter unindo a poesia com
a Internet em um site fidedigno.
São
Paulo, Brasil - Abril de 2014
Soaroir
Maria de Campos
Fonte: 1) Danças Brasileiras – Ciranda
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