Tempo de Cais



Conforme o tempo avança
lembro-me cada vez mais
do tempo quando eu criança
corria ao sol no cais.
Vau que inda hoje aliança
amigos, parentes e pais
outros de minha privança
liames de mesmos ais.


Soaroir Maria de Campos
  10/12/06

quinta-feira, 8 de março de 2012

Mulher Madura


Cajá


Mulher Madura

(reedição)

MATRIX
®Soaroir 5/11/07 – 12:45hs
p/Poesia on-line do Recanto das Letras


Domina o clã

À distância

Administra a filial

Sua especialidade,

Sinceridade...?

É a sua cara-de-pau.

Quando há deficit

Demite o gerente

Abraça sozinha a causa

Negocia os valores

Muda de aplicação

Pagos os micos e os juros

Em pró da emancipação

Dá-se ao luxo de bem dizer

Em rima e às vezes não,

Que mulher madura

Não é mais a menina

Nem a melanina!.

Aparece o buço,

Procrastina.

Ela sente os efeitos,

Revê seus direitos.

Cobra mais de si

Os malfeitos.

Perde emprego,

Adultera o apego;

Enfrenta a pausa,

Encontra sossego:

Degusta o gozo

Jovem e licoroso,

Bordeaux ou blanc

Mais gostoso.

Descartada a agrura,

Prefere a brandura;

Deleitea-se com a vida

A sempre mulher...

Agora madura.


Publicado em: Pote de Poesias

Nenhum comentário:

Postar um comentário