Tempo de Cais



Conforme o tempo avança
lembro-me cada vez mais
do tempo quando eu criança
corria ao sol no cais.
Vau que inda hoje aliança
amigos, parentes e pais
outros de minha privança
liames de mesmos ais.


Soaroir Maria de Campos
  10/12/06

segunda-feira, 22 de setembro de 2014

Rio Tietê

Um Poema Para o Rio Tietê

Ti'ye e'te
Por: Soaroir 06/07/07

Não é pedido de socorro, pois mercador não escuta.
Isto é um lamento pela falta de amor e consideração
Ao rio Tietê, um importante rio de nossa nação.

Lembra-se daquela pequena bituca varejada?
Das fezes dos cães, do pneu, e do colchão,
Que os sem noção largaram pelo chão?
Pois é. Entupiram os bueiros, rumaram pro Tietê
Que morreu sem dó, piedade, ou extrema-unção,
Asfixiado pelos lixos do ABC e de toda a região.
Acabou-se; virou um berdamerda.

O que fazer? Dar resposta eu não me atrevo.
Eu? Vou remar no rio Cam e nadar em Sarajevo.

sexta-feira, 19 de setembro de 2014

Recordar para Esquecer


(perdidos na Net)

Recordar para Esquecer

By Soaroir
22/12/08

(para o mote de poesia on-line do RL:
 "Recordar é viver")

olhar para trás, descobrir
os nãos e os esquecidos
peça por peça a vida
fazendo todo o sentido
nenhum
ninguém culpado.
reviver o passado... Marco
enxergar, reconhecer as fronteiras
do que não fomos
ou do que não pudemos ser.
recordar é viver
uma vida toda vivida
perdoar-se e compreender
nada foi em vão -
no todo acontecido.
Soaroir
Enviado por Soaroir em 22/12/2008
Código do texto: T1348383
Classificação de conteúdo: seguro

sábado, 13 de setembro de 2014

Auto Retrato 2007

Soaroir 12/11/07 - 9:55


De olhos fechados me retrato

Boa pura e bela

As seqüelas omito.

Ao abri-las, confronto

Quixotes

Solidão de Crusoé

Faustosos mitos.

Às avessas retrato

Dorian Grey.

quinta-feira, 11 de setembro de 2014

Fragmentos

Perdidos na Net
(Soaroir)

FRAGMENTOS

(...) " A Lua, que até ali permanecera calada, aproximou-se com passos de bailarina e voz de oceano, e me disse as seguintes palavras:

Eu sou Senhora do sangue sagrado.
a meretriz dos sucos vaginais.
sou aquela que encarna o pecado
e habita as grotas infernais.
Fui eu que te dei o desejo
que desenhei no teu corpo
todos os riscos do sexo.
Fui eu que te embalei nos braços
e disse a todas que eras mulher.
Sou eu que ainda te guio
nos descaminhos que inventaste.
Sou eu que sustento as violações
de um corpo que mutilaste.
Tu, que és parte de mim mesma,
esqueceste o lugar que te gerou.
Tomaste um rumo avesso e contrário
e renegaste quem te criou.
Mas tu és lua, mulher e loba,
e serás assim até o instante final.
Não serás ferida,
porque és cura.
Não será dor,
porque és prazer.
Não serás culpa,
porque és vida.
Não serás certeza,
porque és abismo!"

(Fragmento de texto retirado do livro: A panela de Afrodite - Márcia Frazão
Bruxa Onilda da Gália
Enviado por Bruxa Onilda da Gália em 18/10/2006
Código do texto: T267212

Esta obra está licenciada sob uma Licença Creative Commons. Você pode copiar, distribuir, exibir, executar, desde que seja dado crédito ao autor original (cite o autor, o link para o site http://bruxa-onilda-da-galia.blogspot.com e a data de publicação original do texto). Você não pode fazer uso comercial desta obra. Você não pode criar obras derivadas.(Soaroir)

Soluço

Hiccup


Perdidos na  Net

(Soaroir)

By BOG

When I drink I sleep
If I don´t, I do
So, what´s the meaning
Of not doing too ?

If I cry I die
If I don’t, I do
Só, what´s the reason
Of not doing too?

For these, I, then, write
I drink a shot too
Nor once, nor twice
But much more than you.
Bruxa Onilda da Gália
Enviado por Bruxa Onilda da Gália em 25/03/2008
Reeditado em 25/03/2008
Código do texto: T916155

terça-feira, 9 de setembro de 2014

Retorno do Plantio

Soaroir
(perdidos na Net)

Retorno do Plantio
(reconhecimento aos ascendentes dos meus)
Soaroir 25/7/10


("Aos imigrantes")




Aqui cheguei sem mala e cuia
Mão na frente e outra atrás
Sem nada pra regozijar
Mas a certeza de minhas forças
Fé no Homem lá de cima
E neste que aqui embaixo está.
Uma casa de sapê
Duas panelas só de barro
Sem um garfo ou colher
Talher mesmo era a mão
Feijão, arroz e farinha
Comia eu e a mulher.
Com o tempo fui correndo
E o maior divertimento
Era ver filho chegar
Aqueles hoje doutores
Cheios de malas e de cuias
Lá pras bandas d’além-mar
...Quanta ceva, quanto eito...
Até chegar a recompensa
E o fruto não mais verde
Madurado germinou
Com raízes bem fincadas
Em inglês e em português.
Soaroir
Enviado por Soaroir em 25/07/2010
Reeditado em 26/07/2010
Código do texto: T2398804
Classificação de conteúdo: seguro

sábado, 6 de setembro de 2014

AKROSPEAPAZ



S-Soaroir // sem laços de fita // apita!
O-Olhos profundos // inteligente... // é gente!
A-Alça voo // pira que pira... // nem é vampira!
R-Roda-gigante // vai de gangorra // não tem modorra!
O-Ontem poeta // hoje poeta // tem sua meta!
I-Invade o som // canta no tom // tão bom!
R-Rubra paixão // inspiração... // é coração!



Sílvia Mota a Poeta e Escritora do Amor e da Paz
Rio de Janeiro, 29 de agosto de 2014 – 21h15


http://silviamota.ning.com/group/akrospeapaz