Acostumamo-nos às literaturas poéticas enredadas no dramático psicológico como os de Pushkin, romances trágicos como o de Prosper Mériée e muitos outros estilos carregados da realidade distante dos nossos dias. Aprendemos muitas coisas, mas desprezamos outras tantas quando trazemos a poesia para a nossa própria realidade. Não chamaríamos a poesia de “poesia”, não fossem os grandes poetas do passado, no entanto a poesia chegou à Internet e junto a esta olaria virtual, o oleiro poético depura sua arte sem nenhum medo de ousar e, o que antes era produto das sombras, de ungidos privilegiados, hoje está à luz do mundo. | Não sendo mais herdade de poucos, a poesia virtual permite que do medíocre ao virtuose o poeta que em nós habita exista sem se preocupar em citar, imitar nem tampouco se constranger perante julgamentos, exceto com a fidelidade ao nosso idioma, no que as vezes pecamos no momento da inspiração. Eu poderia, mas não mentirei. Como a maioria dos brasileiros de minha geração, não tirei diploma de nada, o que não me impede de sonhar que sou poeta e acordar escrevendo os versos que deposito no meu Pote de Poesias. O resto é conseqüência. |
Soaroir de Campos
Novembro/2008 |
Tempo de Cais
Conforme o tempo avança
lembro-me cada vez mais
do tempo quando eu criança
corria ao sol no cais.
Vau que inda hoje aliança
amigos, parentes e pais
outros de minha privança
liames de mesmos ais.
Soaroir Maria de Campos
10/12/06
sexta-feira, 8 de novembro de 2013
Background
(Perdidos na Net)
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