Tempo de Cais



Conforme o tempo avança
lembro-me cada vez mais
do tempo quando eu criança
corria ao sol no cais.
Vau que inda hoje aliança
amigos, parentes e pais
outros de minha privança
liames de mesmos ais.


Soaroir Maria de Campos
  10/12/06

sexta-feira, 15 de novembro de 2013

Testemunho de Maritacas


(perdidos na Net)

Copyright Soaroir
29/2/12



Verdade.
Cada vez que ouço as maritacas
me lembro ...
ainda estou viva!




imagem/google

(depois do despejo de 14/12/2010)

quinta-feira, 14 de novembro de 2013

Novo Brasil

(perdidos na Net)

NOVO BRASIL

Novo Brasil
Por: Soaroir Maria de Campos
22 de abril de 2007


Convidado com toda a pompa
a voltar aqui ao Brasil
sem índio e sem apito
pro festejo de 22 de abril
seu Cabral até se riu
sem nenhuma cerimônia
mandou logo um e-mail
se desculpando foi dizendo
que sentia não poder comparecer
à terra que ele descobriu
e  que preferia  se abster
de tamanha responsabilidade
ora pois se ele pudesse
e sua vontade valesse
beliscaria outro provo
se na época conhecesse
o futuro deste povo
então por pura benesse
cobriria tudo de novo.

(Para mote do RL – Um Novo Brasil)
Soaroir
 em 22/04/2007

Meu bem-te-vi na Cidade

(perdidos na Net)

Meu bem-te-vi na cidade

ƒƒ
andante canto espanto
com adágio cantus,
falta do alegro recanto.

 
 Soaroir em 04/07/2006
 Código do texto RL: T187447
Classificação de conteúdo: seguro

Como Fribra e Grão

(perdidos na Net)

Desejo-te
Soaroir
7/9/10

exercício para o mote:
(Longe da felicidade e todas
as suas luzes
Te desejo como ao ar
Mais que tudo...)



photo:Dhanira


juntos como a fibra  e o grão
a semente dentro do gomo
não desejar-te, como!

se longe desta adução

meu corpo esfria
foge-me o cromo

emborco vazia...
Soaroir

domingo, 10 de novembro de 2013

Mensagem para o Futuro

Mensagem na Garrafa
(Perdidos na Net)

Mensagem para o Futuro
(Somente em poesia jogamos objetos no mar)
Soaroir de Campos

"mensagem na garrafa"
alerta!
ao abrir esta garrafa
cuidado...

maneje-a com devoção
há esporos de poesia
para disseminação

atenção!
não há nada que expia
a provável contaminação

nem endereço no verso
para dirimir a questão.

sexta-feira, 8 de novembro de 2013

Background

(Perdidos na Net)

Acostumamo-nos às literaturas poéticas enredadas no dramático psicológico como os de Pushkin, romances trágicos como o de Prosper Mériée e muitos outros estilos carregados da realidade distante dos nossos dias. Aprendemos muitas coisas, mas desprezamos outras tantas quando trazemos a poesia para a nossa própria realidade. Não chamaríamos a poesia de “poesia”, não fossem os grandes poetas do passado, no entanto a poesia chegou à Internet e junto a esta olaria virtual, o oleiro poético depura sua arte sem nenhum medo de ousar e, o que antes era produto das sombras, de ungidos privilegiados, hoje está à luz do mundo.
 

Não sendo mais herdade de poucos, a poesia virtual permite que do medíocre ao virtuose o poeta que em nós habita exista sem se preocupar em citar, imitar nem tampouco se constranger perante julgamentos, exceto com a fidelidade ao nosso idioma, no que as vezes pecamos no momento da inspiração.
Eu poderia, mas não mentirei. Como a maioria dos brasileiros de minha geração, não tirei diploma de nada, o que não me impede de sonhar que sou poeta e acordar escrevendo os versos que deposito no meu Pote de Poesias. O resto é conseqüência.
Soaroir de Campos
Novembro/2008

Do Nada ao Nada

(Coleção Perdidos na Net)

Do Nada ao Nada





O quê que isso que de repente arrasta,
como uma enxurrada rumo a emerdada fossa
a palavra do homem;
acordos dantes selados com o fio do bigode;
palavrados dados e firmados
acertos acertados e sacramentados entre pessoas de bem;
entre gente um dia fidedigna que de repente avança
sobre os próprios princípios mostrando, que a fina estampa
finalmente, como seus calcanhares - assaz
há muito estão camuflados entre as meias e os sapatiados.

NADA - Do nada ao nada. Tudo é tão doido,
sem noção... Oh Deus do Nada
guie-me pelo caminho para encontrar a explicação -
se não - o melhor trejeito de pagar com a mesma merreca
este preço...



Soaroir de Campos
Julho/2011