Dê uma Trégua ao Natal
(reedição)
imagem/google
(um breve rascunho)
Soaroir
9/12/10
Troquei o tênis por uma sandália rasteira que por desusança me faz caminhar mais lentamente “Quinze dias para a Noite de Natal” ouvi enquanto atravessava o farol a caminho de mais um compromisso de factotum.
Suando em bicas acabo de chegar do supermercado e diferentemente da falta de umidade do ar, percebi os olhos marejantes de compaixão e bondade das pessoas, como se de repente um dispositivo regulado para ligar somente nesta época fosse ativado. Involuntária reprodução de reação alheia que se espalha e contagia.
Chega a ser sinistro a repentina gentileza dos transeuntes que param de dar esbarrões uns nos outros; ajudam os idosos a carregarem seus pesos; jogam as guimbas na lixeira; recolhem o cocô de seu cachorro. Quanta solicitude... Percebi que deixei de ser transparente para os funcionários do meu condomínio. O porteiro até me ajudou com as compras, abriu o portão que normalmente, quando com as mãos ocupadas, preciso empurrar com os pés.
Caso pensem que vou cotizar naquela caixinha de final de ano, se enganam. Estou entre aqueles que recompensam o bom atendimento e não o compra.
Mas vamos lá. Invoquei a minha alma poética e considerando o Dia Internacional dos Direitos Humanos, a ser comemorado amanhã, 10 de dezembro, comecei por mim, indagando por que permitimos sentir o que o outro desperta em nós. E o que será que despertamos no próximo para mudar de atitude displicente para respeito e consideração somente na aproximação do Natal?
Seria medo do castigo de Deus, interesse material ou porque nesta época as pessoas largam seus saltos altos e tênis e andam mais devagar?
Aqui neste teclado e de pés no chão me lembro do John “tudo o que estamos dizendo é: dê uma chance a Paz” - mesmo que seja só por trinta e um dias dos 365.
Soaroir
9/12/10
Troquei o tênis por uma sandália rasteira que por desusança me faz caminhar mais lentamente “Quinze dias para a Noite de Natal” ouvi enquanto atravessava o farol a caminho de mais um compromisso de factotum.
Suando em bicas acabo de chegar do supermercado e diferentemente da falta de umidade do ar, percebi os olhos marejantes de compaixão e bondade das pessoas, como se de repente um dispositivo regulado para ligar somente nesta época fosse ativado. Involuntária reprodução de reação alheia que se espalha e contagia.
Chega a ser sinistro a repentina gentileza dos transeuntes que param de dar esbarrões uns nos outros; ajudam os idosos a carregarem seus pesos; jogam as guimbas na lixeira; recolhem o cocô de seu cachorro. Quanta solicitude... Percebi que deixei de ser transparente para os funcionários do meu condomínio. O porteiro até me ajudou com as compras, abriu o portão que normalmente, quando com as mãos ocupadas, preciso empurrar com os pés.
Caso pensem que vou cotizar naquela caixinha de final de ano, se enganam. Estou entre aqueles que recompensam o bom atendimento e não o compra.
Mas vamos lá. Invoquei a minha alma poética e considerando o Dia Internacional dos Direitos Humanos, a ser comemorado amanhã, 10 de dezembro, comecei por mim, indagando por que permitimos sentir o que o outro desperta em nós. E o que será que despertamos no próximo para mudar de atitude displicente para respeito e consideração somente na aproximação do Natal?
Seria medo do castigo de Deus, interesse material ou porque nesta época as pessoas largam seus saltos altos e tênis e andam mais devagar?
Aqui neste teclado e de pés no chão me lembro do John “tudo o que estamos dizendo é: dê uma chance a Paz” - mesmo que seja só por trinta e um dias dos 365.
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